segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Argo.

Seis diplomatas americanos conseguem fugir da embaixada norte-americana de Teerã, uma cidade no Irã, quando o prédio da embaixada é invadida por iranianos e islâmicos, exigindo a extradição do ex-governante do país, Mohammad Reza Pahlavi, que esta doente e exilado nos Estados Unidos. Assim, os iranianos e islâmicos mantêm vários reféns no prédio da embaixada e no começo não sabem que aqueles seis americanos fugiram e se refugiaram na casa do embaixador do Canadá. Agora esses americanos precisam de ajuda da CIA para conseguirem sair do Irã vivos.
Na CIA, o especialista em exfiltrações, Tony Mendez (Ben Affleck), tem que arranjar um bom plano para conseguir resgatar os seis diplomatas escondidos, e escolhe a melhor das piores ideias: fingir que esta visitando o Irã procurando por locações para produzir um filme de ficção científica, onde os seis diplomatas ganham identidades falsas se tornando assim parte da equipe técnica do, agora falso produtor, Tony.
No começo pode parecer complicado e chato todo esse papo político de revolução e embaixadas e Oriente Médio, mas o filme é mais do que isso. Apesar de ser um filme tipicamente americano, ele te faz se envolver e torcer pra que eles consigam sobreviver e voltar pra casa, te faz rir com a ideia doida de fazer um filme de mentira enganando a todos, ainda mais quando é um filme de ficção científica sendo filmado no Irã! 
Na minha opinião Ben Affleck é melhor dirigindo do que atuando. Já havia assistido a outro trabalho dele como diretor, em Medo da Verdade (com o amor da minha vida e seu irmão, Casey Affleck, no papel principal) e consegui já ver algumas características em comum entre os dois filmes. Por mais que nos filmes tenham os "mocinhos" por quem você se envolve e torce para que tudo dê certo, Ben os mostra de uma forma humana, onde eles nem sempre são perfeitos. Em ambos os filmes, vidas inocentes estão nas mãos do personagem principal, e este as vezes toma decisões que os põem em risco, mas o faz achando que é o certo, pensando num bem maior.
É um filme que, apesar das suas duas horas de duração, passa rápido e te prende até o final para querer saber no que toda essa loucura vai dar e se eles vão conseguir ou não. Sem dizer que é baseado em uma história real, a operação Argo aconteceu mesmo, Tony Mendez ainda está vivo e no final do filme, na parte dos créditos, é mostrado fotos reais e é contado o que aconteceu com os personagens após o ocorrido.
Confesso que no começo não estava com a mínima vontade de assistir, mas depois de ter ganho na categoria de melhor filme no Bafta (o que é grande coisa, um filme típico da história americana vencer em categorias importantes em uma premiação britânica) eu acabei me interessando. O que eu agradeço, por que o filme realmente me conquistou.
Argo já ganhou os prêmios de melhor filme e melhor diretor no Critics' Choice Awards, melhor filme dramático e melhor diretor no Globo de Ouro, melhor elenco no cinema no Screen Actors Guild Awards e melhor filme, melhor diretor e melhor edição no Bafta. E é, por enquanto, meu favorito ao Oscar desse ano.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Django Livre.

Uma palavra sobre esse filme é o que importa: Tarantino.
Pode esperar trilha sonora característica, diálogos interessantes e divertidíssimos, muito sangue e exageros. Além de uma fotografia apaixonante e até uma história de amor. 
Dr. Schultz (Christoph Waltz) é um caçador de recompensas que compra o escravo Django (Jamie Foxx) prometendo libertá-lo assim que este o ajudar a identificar os irmãos Brittle, que estão sendo procurados por assassinato, e rendem uma boa recompensa sendo capturados, vivos ou mortos. Após o sucesso da captura, Dr. Schultz propõe uma parceria com Django, já que esse se mostrou interessado em ganhar dinheiro matando assassinos e procurados pela lei por aí. Assim tornam-se parceiros e amigos, até que Django conta sua história de amor com Broomhilda e eles partem em busca dela, na famosa fazenda Candyland, tentar fazer algum negócio com o dono, que gosta de ser chamado Monsieur Calvin Candie (Leonardo DiCaprio).
A atuação de todos os atores está maravilhosa, não tem como não elogiar o elenco inteiro. Christoph Waltz consegue te fazer esquecer completamente do personagem mais marcante que interpretou (o cruel Hans Landa de Bastardos Inglórios), e te conquista logo na primeira cena em que aparece. Jamie Foxx convence fácil que ele é mesmo aquele escravo reservado e desconfiado, que se empolga na loja de roupas (uma das minhas cenas preferidas). Não foi dessa vez que Leonardo DiCaprio levou Oscar (nem indicação, coitado), mas também não acho que merecesse mesmo, apesar de muito boa, não foi sua melhor atuação. Tirando a cena, que acho que até quem ainda não viu já sabe, que ele machuca a mão de verdade e continua impecavelmente no personagem.
Mas na minha humilde opinião, Samuel L. Jackson foi quem roubou a atenção só pra ele. Ele interpreta Stephen, o escravo de companhia de confiança do Monsieur Candie, que fica de queixo caído ao ver Django, um negro que não é escravo e sim sendo tratado com respeito. Não tenho nem como explicar, só vendo pra entender a maravilha que esse personagem é. Pra quem conhece Harry Potter, minha irmã comparou ele com o Monstro, o elfo doméstico fiel a família Black, e eu concordo plenamente.
Resumindo, se você gosta de Tarantino, ou é cinéfilo, ou só pretende assistir aos filmes indicados ao Oscar desse ano, ou apenas quer passar duas horas e quarenta e cinco na sala de cinema, você precisa ir assistir Django Livre. Tarantino conseguiu até ultrapassar as já altas expectativas pra esse filme. E só preciso dar minha opinião em mais uma coisa, que só quem assistiu vai entender: como ator, Quentin Tarantino é um ótimo diretor.

Editado: Django Livre já ganhou os prêmios de melhor ator coadjuvante em cinema no Globo de Ouro, melhor ator coadjuvante no Bafta e melhor ator coadjuvante no National Board of Review, sendo nos dois primeiros o ator Cristoph Waltz e no último o ator Leonardo DiCaprio.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

A Passagem.

Henry (Ryan Gosling) é um rapaz com problemas e pretende se suicidar em três dias, assim que completar 21 anos. Seu atual psicólogo, Sam (Ewan McGregor) quer fazer de tudo para ajudá-lo, porém se vê com problemas pois quanto mais ele descobre sobre a vida de Henry, mais as coisas perdem o sentido.
Enquanto eu assistia, mil teorias surgiam na minha cabeça: Que o Henry era na verdade imaginação do Sam, e apenas uma forma dele lidar com o passado dele. Ou que Henry estava na verdade morto, junto com seus pais e sua namorada, o que não deixa de ser, em partes, verdade. Pensei que assim que chegasse o final do filme, tudo iria se resolver mas não foi o que aconteceu. Até que chegou no final e eu fiquei com cara de interrogação me sentindo burra, então resolvi procurar por críticas do filme, achando uma que explicou certinho, e me fez mudar de opinião me fazendo pensar: QUE FILME FODA!
Não tem mesmo como eu comentar desse filme sem contar spoiler, então o post é pra quem já viu. Quem não viu o filme e não quer saber antes o que acontece, não leia mais!!!
Tudo não passa de um sonho que o Henry tem logo após sofrer o acidente de carro, que dura enquanto Sam e Lila tentam mantê-lo acordado e vivo, e termina assim que ele morre. Quando sonhamos o sonho parece que dura uma hora, enquanto dormimos por uns dez minutos. Fora que no sonho nada faz sentido algum. Até aí tudo bem, mas aí pensei: Como o Henry sabia de tudo da vida do Sam e da Lila juntos, se eles na verdade se conheceram ali no momento do acidente? E como ele podia saber sobre tudo aquilo, sendo que no "sonho" todo aconteceu no ponto de vista do Henry? Resposta: Nada era real. Lila não era artista e sim, enfermeira. Tudo o que aconteceu no filme inteiro foi fruto da imaginação de Henry, baseado nas últimas coisas que ele viu: o acidente, seus pais e sua namorada morrendo, Sam e Lila tentando ajudá-lo, todas aquelas pessoas em volta querendo saber se ele estava bem, e até o garotinho com o balão que aparece umas quatro vezes ao longo do filme/sonho perguntando pra mãe se aquele homem iria morrer.
É até um filme muito simples, se for parar pra pensar. Que te faz quebrar a cabeça tentando entender o que realmente está acontecendo pra no fim você descobrir que nada está acontecendo na verdade, rs. Acho até que foi um grande risco que o diretor correu, produzindo esse filme, mas agradeço imensamente porque foi um dos melhores que eu já vi, nesse estilo.
Então é claro, pra quem gosta de filmes que mexem com o psicológico, ou que não são exatamente o que parecem ser, recomendo assistir A Passagem.

sábado, 2 de fevereiro de 2013

Os Infratores.

Esse foi outro filme que eu peguei pra assistir só por causa de um ator, mas dessa vez, Tom Hardy. Acho que ta na hora de eu falar dos meus atores favoritos e seus filmes, num post separado.
Enfim, Os Infratores conta a história dos irmãos Bondurant - Howard (Jason Clarke), Forrest (Tom Hardy) e Jack (Shia LaBeouf), onde de acordo com uma lenda, são imortais. Eles, junto de um amigo, mantém um bar como fachada para atividades ilegais. O filme gira em torno basicamente de Jack tentando conquistar o seu espaço e aprendendo a se defender na marra, e Howard e Forrest tendo que lidar com o novo policial, Charlie Rakes (Guy Pearce), que quer uma parte do lucro feito de seus contrabandos em troca de não denuncia-los. Além disso, tem o mafioso Floyd Banner (Gary Oldman), que por mim poderia ter aparecido bem mais, mas aparece apenas para matar pessoas aleatórias.
Ah sim, e tudo isso se passa em 1931, época de Lei Seca. Mas basicamente a única coisa que eu posso afirmar sobre o filme é mortes e sangue, quase a lá Tarantino, mas um pouco menos. Falam que o gênero é drama, mas eu não consegui não me empolgar a cada vez que Jack ou Forrest estão apanhando, quase morrendo e aparecem "dias seguintes" perfeitamente vivos e saudáveis, o que acontece umas três vezes com cada um, ao longo do filme.
Preciso confessar que achei que seria chato, dramático e parado, mas me surpreendi completamente. Você não consegue assistir sem ficar com raiva do Rakes, sem torcer pro Forrest não morrer, ou pro Jack conseguir ficar com a moça que ele gosta. Achei até bem divertido, e apesar de ter uma hora e cinquenta minutos de duração, passa rápido que você nem vê e termina muito satisfeito.

Meia-Noite em Paris.

Confesso que baixei esse filme pra assistir só porque sabia que tinha o Tom Hiddleston no elenco. Desde o papel dele como Loki quis assistir outros filmes com ele e achei Meia-Noite em Paris. Enfim, estou divagando, o assunto é o filme, e não o ator.
Meia-Noite em Paris tem o único propósito de te fazer se apaixonar por Paris. Se você já gosta de Paris, vai adorar o filme. Se não gosta, vai passar a gostar. Como personagem principal, Gil (Owen Wilson) é um escritor de roteiros e acompanha a noiva em uma viagem de negócios do sogro até Paris. Acontece que Gil já é completamente apaixonado pela cidade e pretende se mudar pra lá pra terminar de escrever seu primeiro romance. Só que sua noiva Inez (Rachel McAdams) não gosta muito da ideia, e ao longo do filme ele tem que descobrir o que é mais importante pra ele e tomar a decisão certa de sua vida.
Durante uma noite, Gil sai pra caminhar pela cidade e bem a meia-noite pega carona em um carro fazendo uma "viagem" direto pros anos vinte, assim o levando a festas onde entre os convidados estão intelectuais e artistas da época como F. Scott Fitzgerald (Tom Hiddleston *-*), Ernest Hemingway, Salvador Dalí (Adrien Brody), Pablo Picasso entre outros. Nessas viagens ele faz amizade com essas pessoas, começa a ter mais inspiração para seu livro e também passa a ter duvidas em relação ao seu casamento que está próximo.
É um filme encantador, super divertido reconhecer os artistas, e ver como eram suas vidas, como surgiam as ideias. Super recomendo, adorei assistir, e acho até meio impossível assistir a esse filme sem depois ter vontade de largar tudo e ir viver de passeios a arte em Paris.